segunda-feira, dezembro 11, 2017

O CRIME DA PANELA

O CRIME DA PANELA 
Via Facebook
Provas de Tacla Durán seriam um toco que elimina a Lava Jato do mundo do Direito levando a Força Tarefa a ser um caso de polícia?
Com a prisão de Joesley - deve ser solto uma semana antes do recesso para ficar quieto e passar o natal com Ticiana, com as denúncias devastadoras de Rodrigo Tacla Duran, enviando da Espanha provas cabais para mostrar que a equipe de Curitiba é uma indústria de delações à la carte, ou uma promiscuidade de procuradores e advogados nascidos no Paraná cobrando milhões por fora para botar um tal de DD por dentro e melhorar as sentenças de leniência de Moro - e com a grande mídia e acusados fazendo silêncio sobre as denúncias, cujas provas vindas da Espanha já deveriam ter sido desmascaradas como falsas, e não como materiais e cabais, com a inquirição do procurador Marcelo Miller, que ao lado de Janot fazia jogo duplo como advogado principal de Joesley, com o pedido de prisão de Miller, feito por seu quase ex-amigo Janot e negado pelo STF, e Janot não voltou pedir a prisão antes de vestir o pijama de paspalhão das varetas de bambu, e com a ascensão como PGR de uma inimiga de Janot, a Raquel que começou como ele saiu, emitindo acusações e novas investigações contra Lula e Dilma, e com a CPMI negando quórum para que sejam convocados a depor advogados ligados pessoalmente à família Moro, os empresários do Brasil descobriram que nem os acordos com procuradores que ganharam a chancela do judiciário têm mais qualquer garantia de validação ou respeito.
A insegurança jurídica já é total. Nem os golpistas dentro do sistema de justiça no Brasil estão mais seguros. As Forças Armadas já afiam as suas baionetas, embora essas armas jamais tenham perdido o fio de ponta de punhal milenar.
Foi espetacular, na inquirição de Rodrigo Tacla Duran, no 30 de novembro, a tranquilidade com que este brasileiro, de dupla cidadania, falava em Madri na condição de cidadão livre. Tacla teve o pedido de extradição feito por Moro recusado pelo Judiciário da Espanha que não apenas negou, mas mandou um recado curto e grosso para o Brasil:
- Negamos o pedido porque as provas enviadas são pífias, inexistem, têm por base meras delações, e na Espanha delações não têm qualquer poder de prova nem para prender, nem para extraditar e claro que nem para condenar.
E como se não bastasse, a Espanha, que, em respeito a tratados internacionais, prendeu Tacla e o manteve preso por cem dias até que fosse inocentado no processo de extradição, solicitou ao pessoal de Sérgio Moro que envie todas as provas da peça investigatória no processo do réu Tacla, ou seja, tudo o que foi apreendido em sua casa e seus escritórios. A Espanha fez esse pedido porque, ao inocentar o advogado no pedido de extradição, surgiu a suspeita de que Tacla Durán tenha sido vítima de lawfare de uma quadrilha política organizada que teria juntado seus acusadores (Moro e Força-tarefa) num esquema criminoso em que delatores da Odebrecht teriam combinado uma colaboração premiada conforme as instruções da chamada "panela" de Curitiba.
Tacla, mostrando que pessoalmente não é nem petralha, nem tucano e nem temerista, revelou tanta coisa que muitas falas quase se perdem nas suas quase quatro horas de inquirição na CPI do dia 30. Ele disse que provas apresentadas por Janot na segunda acusação contra Temer apresentam claros sinais de que foram falsificadas, ou que são forjadas a partir do controle que a Odebrecht ainda exerceria em seus programas de contabilidade e comunicação corporativa. Isso alegrou Temer e o deputado Marun, relator da CPI e que só faltou pedir obrigado a Tacla ao interrogá-lo. Marun quer encerrar o caso semana que vem.
Tacla também disse que trabalhou na Odebrecht de 2010 a 2014 nem nada saber nem se meter com pagamentos de propina a políticos nos quase 30 países em que a empreiteira operava chegando a ter 175 mil funcionários. Tacla disse que só em 2014 foi chamado para atuar numa operação mais delicada para ajudar a Odebrecht a escapar ou reduzir os danos por causa da Lava Jato. Ele disse que só a partir de 2014 e 2015, quando Marcelo foi preso, começou a compreender como funcionava a empreiteira e ajudou no que podia com relação à Lava Jato. Antes só cuidava de leis do comercio internacional e funcionamento do quiproquó ou dessa teia confusa de transferências de contas secretas entre dezenas de paraísos fiscais.
Segundo o sofisticado advogado Tacla Duran, que trabalhou antes para a empreiteira UTC, ele foi contratado pela Odebrecht por ser um expert em dois temas: legislação comercial internacional, algo importante para uma multinacional escapar de regimes fiscais mais gravosos, enfim, para fechar bons contratos de compra, venda e fusão de empresas, e porque também é um expert ou amante de comunicação digital, ou Tecnologia de Informação (TI).
Tacla nunca conversou pessoalmente com Marcelo B. Odebrecht, só uma vez subiu com o chefe no mesmo elevador. Mas revelou que em 2014 ou 15, quando a coisa apertou para o filho de Emilio, ele recebeu a incumbência da Odebrecht para escarafunchar o imbróglio de pagamentos de caixa 1, caixa 2 e malas de dinheiro para tanta gente no Brasil e em dezenas de países, com o objetivo de encontrar alguma coisa que pudesse ajudar a ferrar Dilma Rousseff. E reconheceu: não encontrei coisa nenhuma contra Dilma.
Tacla também denuncia e desmoraliza moral e tecnologicamente o uso que a Lava Jato fez do casal de marqueteiros baianos acusando Dilma e Lula. Tacla disse que o casal era muito mais empregados da empreiteira do que os líderes da campanha publicitária que reelegeu Dilma.
Tacla deu a entender que ele foi vítima de duas perseguições simultâneas: dos procuradores e da própria Odebrecht na armação fajuta das 77 delações combinadas no que ele chama de mega fraude. Deu a entender que quiseram dar a ele muito mais importância do que teve nos problemas da empreiteira. E não aceitou nem pagar por fora aos amigos de Moro e nem a responder por crimes que não cometeu.
Tacla deu a entender que muitos dos 77 delatores puderam manter grana escondida no exterior, mentiram não confessando que doações a políticos foram embolsadas pelos próprios executivos enganando Marcelo, muitos tiveram penas levíssimas ou nem isso para ajudar a produzir a mega farsa política da Lava Jato.
Tacla Duran, ao contrário dos delatores cabisbaixos e humilhados e odiados pelo povo brasileiro nos videos diante de Moro e procuradores ginasianos (delatores logo soltos com penas leves e voltando a suas mansões), afirmou exibindo seu passaporte:
- Estou livre aqui na Espanha. Trouxe toda minha família para ficar aqui nesta casa em que moraram meus avós e a minha mãe.
Tacla disse que não fez e nem tem nenhuma acusação contra Moro, apenas denuncia que é juiz que abusa da lei, comete abusos sucessivos. E Tacla não é delator, ele em sua defesa apenas denuncia seus perseguidores e mostra provas periciadas pelo sistema de justiça da Espanha, associação legal de peritos que existe desde antes dos tempos do generalissimo Franco. O perito escolhido por sorteio afirmou que as provas de Tacla não foram falsificadas.
Então o silêncio da grande mídia desde o dia 30, o silêncio de procuradores da turma do DD e da Raquel, a omissão de parlamentares que negam quórum para a CPMI votar requerimento convocando o advogado Zucolotto Junior, amigo de Moro e Rosângela, padrinho de casamento de ambos, sócio de Rosangela, tendo o advogado e ela até recebido dinheiro de Tacla, e o dinheiro pago foi declarado no IR do Tacla, a falta de quórum para a CPMI votar também requerimento convocandoo advogado do caso Apae, o Marlus Arns, que recebeu, segundo Tacla declarou ao IR no Brasil, honorários equivalentes a hum milhão e 500 mil dólares e mais impostos, enfim, tudo o que foi apreendido em sua casa em Sampa, escritório e contas em paraísos, está bem documentado e declarado. A Espanha quer ver. Mas a Lava Jato não pode mostrar.
Tacla pode estar mentindo, ô meu! Mas, carai! Ele está falando como um homem livre, não como um torturado de conveniência pelas convicções da Lava Jato. O fato de formalmente ele não ter feito nenhuma acusação direta a Moro fortalece a credibilidade de suas denúncias insinuando que o juiz é o rei ou é vitima da panela.
Tacla Durán está escrevendo um livro sobre o imbróglio e já tem quem acredita que será best seller e possivelmente objeto de desejo de nomes hollywoodianos, nova yorkinos e off-off como Spilberg, Martin Scorsese, Oliver Stone e Michael Moore...
Ou Tacla é desmentido com provas cabais de que suas provas são falsas, ou as provas que enviou direcionam o Brasil a um processo que deve culminar com a prisão de muita gente operando dentro e ao redor da Força Tarefa, sob pena de a Lava jato ter de assumir o seu lado Bolsonaro, Mourão, Franceschini e Alexandre de Morais e assim botar o bloco de policiais e soldados e tanques do Glorioso nas ruas.
Mas, nessa altura da anarquia jurídica, já tem gente achando que a fala do general Villas Boas, comandante do Exército, foi um sinal de alerta: as casernas não estariam unidas, já haveria verde oliva do lado de Lula, Dilma e do almirante Othon pela restauração da Cidadã, com um Brasil nacionalista buscando a paz com ordem constitucional e progresso com inclusão social, o povo de volta a um ciclo patriótico de crescimento econômico com democracia e punição aos corruptos corretamente investigados e aos que usaram o pretexto do combate à corrupção para jogar a nacionalidade no ódio e na lama samarquiana.

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